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Elon Musk usa cetamina para controlar a depressão

As atitudes polêmicas de Elon Musk, dono do Twitter e da Tesla, seriam supostamente resultado da crescente automedicação com ketamina por parte do empresário.

É o que afirmam pessoas próximas ao bilionário para a prestigiada revista americana The New Yorker, que acaba de publicar uma grande matéria sobre o “Muskworld”.

Essas fontes disseram ser testemunhas do frequente uso da droga por Musk nos últimos anos.

Usada como anestésico geral em humanos e animais, a ketamina também funciona como uma droga recreativa e como psicotrópico usado no tratamento para depressão, sendo inclusive autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Entre seus efeitos, o Instituto de Psiquiatria do Paraná lista ações dissociativas, de desconexão com o próprio corpo, alucinações e apagões.

Por conta deste último efeito colateral, popularmente, o alucinógeno compõe a mistura do coquetel “Boa noite, Cinderela”, manipulado por criminosos para dopar vítimas de roubos e estupro.

Ao The New Yorker, Amit Anand, pesquisador especializado na droga, afirma que o uso prolongado da ketamina pode afetar a personalidade e o processo de raciocínio do usuário, levando-o a se sentir grandioso e super-poderoso, o que resulta em atitudes impulsivas.

No Brasil, a droga apresentou alta de 78,94% nos exames toxicológicos que detectam a substância entre 2019 e 2021, segundo dados da Polícia Técnico-Científica divulgados pelo Estadão.

Diante deste cenário, a Anvisa teria elevado o grau de risco da substância, segundo aponta o Correio Braziliense.

Musk já havia demonstrado simpatia à droga quando, em um tweet, disse que “a depressão é sobrediagnosticada nos Estados Unidos, mas, para algumas pessoas, se trata de uma questão de química cerebral”.

De acordo com o bilionário, o uso ocasional da ketamina seria uma opção melhor do que “zumbificar as pessoas com inibidores seletivos de recaptação de serotonina”, os chamados antidepressivos SSRIs.

No passado, o The New York Times já havia reportado o uso de Ambien, remédio que induz o sono, por parte do bilionário, enquanto o The Wall Street Journal havia cantado a bola da ketamina.

Na época, o empresário se recusou a comentar sobre o assunto, mas também não negou sua veracidade.

SUCESSÃO DE POLÊMICAS

A aquisição do Twitter foi acompanhada por meses de indecisão, durante os quais Musk desistiu de comprar a rede, gerando uma disputa legal entre o empresário e a companhia.

Em outubro de 2022, entretanto, o bilionário voltou atrás mais uma vez e aceitou comprar a rede social por US$ 44 bilhões, preço com o qual havia concordado em abril do mesmo ano.

Na ocasião, a oferta permitiria a Musk comprar a rede social a US$ 54,20 por ação.

Um mês depois de fechar o valor, o empresário suspendeu a aquisição alegando receio em relação às contas falsas criadas com frequência na plataforma. Após o anúncio, as ações do Twitter desabaram 17% no pré-mercado da Nasdaq, em Nova York.

A rede social abriu, então, um litígio contra Musk a fim de rescindir o acordo de aquisição.

Com o fechamento do acordo e o início de sua gestão, Musk logo dissolveu o conselho do Twitter e demitiu os executivos de alto escalão, escoltados para fora do escritório da empresa em São Francisco, na Califórnia.

Desde então, a reestruturação da companhia planejada pelo novo dono passou a gerar tensão entre os funcionários que temiam uma onda de layoffs.

Já em novembro, os rumores se concretizaram, e o empresário cortou os empregos de mais de 50% dos 7,5 mil funcionários do Twitter.

Nesse processo, parte dos 150 funcionários da subsidiária brasileira do Twitter tiveram seus computadores de trabalho bloqueados.

No início deste ano, o site chegou a registrar queda de 40% em sua receita diária de 17 de janeiro, no comparativo com a mesma data de 2022.

O prejuízo foi relatado por um funcionário da rede social ao The Information, após mais de 500 dos principais anunciantes da plataforma interromperem seus negócios com a companhia diante das decisões de Elon Musk desde a compra da empresa.

Entre as marcas, estão metade dos 100 mais importantes anunciantes, que somavam aproximadamente US$ 2 bilhões da receita de publicidade do Twitter, segundo o Business Insider. A lista conta com Pfizer, Chevrolet, Coca-Cola, Audi, AT&T, Hewllet-Packard, MailChimp, Verizon e Kyndryl, da IBM.

De acordo com uma reportagem da The New York Magazine, o Twitter Blue, serviço de assinatura criado para que os usuários obtenham um selo de verificação por US$ 8 mensais, foi uma tentativa falha de redirecionar as vendas da companhia frente ao êxodo de anunciantes.

Focar a geração de receita nas assinaturas em detrimento de anúncios teria “queimado o negócio de publicidade da empresa, a fonte da maioria de seus bilhões”.

Mais recentemente, Musk gerou grande insatisfação entre os usuários da rede, anunciando que o Twitter teria uma mudança de identidade, passando a se chamar X.

Com isso, a rede perdeu toda a identidade visual conhecida por seus usuários.

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